sábado, 29 de setembro de 2012

Ilustrando os escritos

Eu adoro design.
Adoro catucar as ferramentas dos programas de imagens, desenhos...
Gosto de poder criar, testar, ver no que dá.

Pra alguns isso é arte. Pra mim também é.
Se você olha pra algo que alguem fez, na net ou físico mesmo, um quadro, um postal, uma gravura e toma um impacto, é que aquilo lhe pegou.
Como é assim.
Aí corro pra saber se eu posso fazer algo também.

Já idealizei capas de cds de amigos, cartazes de shows meus, shows com Simona Talma, shows da nossa banda Talma&Gadelha, sempre na vontade de fazer o que eu considero melhor pra aquele momento e pra aquele evento.
Sou uma mente inquieta, acredite!

Outro dia estava eu querendo que surgisse um motivo pra pode criar. "Folheando" o Facebook me deparei - não temos a escolha do contrário - com aqueles banners com recados de todo tipo, diversas mensagens, piadas, tirinhas e assim vai...e com todos tive a mesma reação: nossa, poderia ser melhor essa arte, não?
Pensei então, inspirado nos textos e artes que as pessoas publicam no Face, criar meus próprios banners com meus próprios textos.
Tenho alguns escritos que não considero poemas mas têm algum valor pra mim, então, quis junta-los a alguma expressão visual.

Não sei a onde vai dar, pois ainda não achei onde esse material se encaixa, mas isso não me impedirá de continuar fazendo. Tô curtindo o processo que desenvolvi pra o trabalho até mais que o resultado.

Vou colocar aqui no post o primeiro desse projeto e aos pouco vou publicando aqui no blog no link
"Desenhos".





Acertar

Acho que todo mundo que se atreve a encarar uma vida sob as pisadas da música, entende em pouco tempo que quando se dá um passo à frente, foi com toda força e energia que poderia dar. 
Sei também que as chances de desistir são inúmeras, o estímulo pra deixar tudo pra trás são imensos. 
As alegrias caem em conta-gotas e os desânimos veem em enxurrada e saem levando tudo, até a fé. 
Você se pergunta onde errou ou quem errou com você. 

Pra quem não nasce em berço esplêndido escuta desde criança: "música não dá dinheiro. você precisa se mudar pra o Rio de Janeiro. faça um faculdade e arrume uma profissão..." 
Afim de não ser um adulto frustado, um ser humano triste, você desafia a lei e a sabedoria dos pais e vai à luta! Haja luta! Realiza uma porrada de coisa, aprende e desaprende. Se reinventa. Espera, vai à diante, volta ao começo. Realmente você constata que não deveria ter deixado de lutar, mas isso não lhe deixa um adulto isento da frustração e nem livra você de ser triste vez ou outra. 
Por que àquele que se destina a um só propósito sabe (ou supõe) que um dia tudo lhe será devolvido e que ele pode sentar-se e esperar; sentar-se e não esperar mais ou simplesmente não sentar. 

A vida tem um recheio complexo demais, cheio de ingredientes difíceis muitas vezes de distingui-los mas você pode deixar a receita com o melhor sabor possível, do seu jeito. É difícil sempre acertar a mão e não enjoar, pois, quem tanto já provou do amargo não sabe apreciar muito bem o doce.
A gente não é apenas reflexo do que mostramos, somos mais. Somos atrás, somos entre, somos por cima e as muitas vezes nem sabemos direito quem somos.
E acertar é diferente de fazer o certo. Escolher viver do sonho nem sempre lhe distingue dos imprudentes.