quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Daúde Interpreta "Pra que serve a música?" do Projeto Retrovisor

DAÚDE É...

Tradição, modernidade, espontaneidade e sofisticação têm sido a linha mestra da trajetória de Daúde, somando a herança musical afro-brasileira com uma coerente coleção de referências do mundo pop.
Começou sua carreira musical cantando em peças teatrais e casas noturnas, quando apareceu o convite para gravar seu primeiro CD "Daúde" em 1995, com o qual conquistou a crítica especializada, ganhando os prêmios Sharp de Música, APCA (Associação dos Críticos de Arte de São Paulo), e dos leitores do Jornal do Brasil.

Daúde nasceu no Candeal, Salvador, e mudou para o Rio de Janeiro aos 11 anos de idade onde vive. Estudou canto com o barítono Paulo Fortes na Escola de Música Villa-Lobos, Artes Cênicas na Escola Martins Pena. Formou-se em Letras, Português, Literatura, e é pós-graduada em História Africana.

Produzido por Celso Fonseca e o produtor Inglês Will Mowat, Daúde lança
"Daúde #2". Em 1999, lançou "Simbora", um CD de remix onde a artista reuniu músicas de seus primeiros álbuns, tendo como objetivo vincular as novas interpretações ao prazer de dançar.

Daúde foi a primeira brasileira a ser contratada pelo selo "REAL WORLD" pertencente a Peter Gabriel. Seu último álbum "Neguinha te Amo" de 2003, homenageou as mulheres e colaborou para que o público internacional tivesse outra visão da música brasileira, transcendendo clichês estabelecidos ou estereótipos tropicais.*

O PROJETO RETROVISOR ACONTECEU...

Entre 2006 e 2007 onde reuniu Ângela Castro (Rosa de Pedra), Luiz Gadelha (Talma&Gadelha), Khrystal, Valéria Oliveira e Simona Talma (Talma&Gadelha). Os cinco cantores e compositores compunham e cantavam juntos afim de divulgar e promover a música autoral de Natal. O Projeto rendeu uma demo e um CD oficial "Pra que serve a música?" com músicas inéditas compostas para o projeto e o lançamento aconteceu em Ribeirão Preto (SP) para o Dia Mundial do Voluntariado Jovem em 2007 e em Natal no Teatro Alberto Maranhão.

AGORA...

Vocês podem curtir "Pra que serve a música" (Luiz Gadelha/Simona Talma/Valéria Oliveira) gravado por Daúde na Primeira Edição do Projeto Música No Ar - 2011 com programação e mixagem de Gabriel Souto

Patrocínio: Cosern, Governo do Estado do Rio Grande do Norte e Lei Câmara Cascudo.




*(Recortes retirados do site oficial da cantora)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Download "Memória da Saudade" e fazer arte


Ainda busco uma maneira de sentir que estou contribuíndo em algo com minha música.
A arte - ao meu ver - precisa romper com algo; trazer um novo aspecto; provocar...e não sei como a música, em seu formato de gravação pode trazer algum rompimento.
É uma inquietação minha...aquilo que todo mundo diz: "coisa de artista". Mas se sou artista, preciso fazer arte. Não sei se encontrei essa maneira de achar que tô fazendo arte, mas comecei me desafiando, compondo novas canções e fazendo todos os arranjos sozinho e em casa.
Com um computador - que de acordo com a velocidade da tecnologia - super defasado, um programa gratuito e simples de edição de áudio e um outro programa que abriga samplers (pedaços de sons) de instrumentos, o microfone interno do notebook para voz; imagino que por não entender muito de gravação e mixagem eu esteja fazendo algo diferente e desafiador em relação à minha experiência com música. "Memória da Saudade" é um resgate. Originalmente como samba compus em 2008 e ficou guardada. Trago ela de volta numa espécie de "hip hop melódico meio pop" (tô inventando isso).
Gosto de imaginar que tô "imitando" os primórdios dos funkeiros lá das comunidades do Rio de Janeiro que usam uma batida eletrônica como base, com poucos elementos harmônicos e manda o recado no gogó. Eles criaram essa forma de expressão.
Mesmo não falando do meu bairro, da minha comunidade, espero trazer algum pensamento à respeito da saudade, tema central dessa música. É um sentimento que me incomoda muito, me desaba e me confunde. Me deixa inseguro e indefeso e nessa letra tento imaginar um final feliz pra toda a questão que a saudade traz. Uma forma de quem sabe, se não estou rompendo nada com meu trabalho, ao menos fazer sentir quem me ouve o mesmo que eu senti quando decidir escrever sobre a saudade, assunto que acho ainda atualizadissimo em tempos onde os sentimentos são representados por símbolos *_* :D o/ ^^.
Agora sim, chega de bla...e é só baixar.
Comentários...fiquem à vontade é só deixar.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Em nome do amor - nova música do Talma&Gadelha


"Em nome do amor"
(Andrea Martins/Luiz Gadelha)


Em nome do amor
te escrevo boas novas
te conto que aqui
apesar da saudade
eu vivo feliz
Distraio qualquer dor
Que por às vezes acontece
em mim
Se o ar tende a ser down
Aspiro teu perfume
e fica tudo bem
Desejo para mim
dez mil anos com você
Todas horas sem pensar
no que eu tenho pra fazer
Esse meu jeito de sentir
vem dos tombos que eu levei
Tudo vem pra nos testar
não sei como suportei
Por esse presente
deduzo um futuro
O melhor para a gente
O melhor para o mundo
Desejo...


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Não fui eu quem criou essas asas.

Não fui eu quem criou essas asas.
Elas vieram comigo. E embora isso pareça com a imagem de um anjo, de nada tenho dela. É que posso voar e vôo sempre e vôo mesmo. Ninguém nunca viu porque isso não se vê. Isso não é uma pipa no fio, nem um galho quebrado e nem uma antena de tv. É um vôo que não se vê mesmo por que não dá pra ver. Nasci com elas. Foi quando comecei a ver quase tudo de cima. Depende da altura e depende do tempo. O que sei é o que vejo, mas que pode ser dito como o que sinto, porque quando se voa tudo é relativo. Há mais esperança, eu percebo e há mais decisões também. As asas são como um sim quando se quer muito dar um sim. E elas sabem que esse sim é algo bom, mas por serem asas, elas são leves e quase nunca podem ser  levadas em conta, mas também não se angustiam por isso. É a parte boa de ter asas. Não que não seja tão bom voar, mas colocar os pés  no chão exige um equilíbrio que só se alcança com muita experiência, só vemos isso praticamente numa idade avançada. Não é algo que quero antecipar. Quero mesmo que o tempo passe e me mantenha de asas abertas e embora não se possa vê-las, não tem importância, me detenho a escrever para ser lido quando quiser, como um diário de vôo de quem ainda não aprendeu muito bem como se faz pra relatar a experiência de poder voar.

sábado, 9 de março de 2013

Fumê

Na verdade ele tem me deixado atrapalhado. Não sei como ele pensa - que não me ouça - mas talvez ele nem pense.
Não quero ser injusto, mas seu ar egoísta tem causado muita antipatia, animosidade.
É que, sabe? Não deveria fazer isso comigo ou com alguém que se pareça comigo, pois sou como um grande recipiente de vidro fumê; com líquidos pode ser que eu não quebre; com riscos pode ser que eu me arranhe; mas com pedras não sou resistente.
Esqueço de mim e ele nem pra me lembrar. Ademais, quanta falta de atenção com uma só pessoa, logo eu, que sou todo atenção e prontamente colaboro com tudo que se relaciona a ele.
Vejam bem, sou o próprio relógio. Sou a música constante que lhe embala: tic tac. Tic tac. Tic tac. Tic. Não sei por que cargas d'agua, então, ele não colabora. Não me dá trégua. Não me dá sombra. Será que me esquece? Ou será que me provoca?
É esse sol que mais me irrita nele. É a calçada e o peso dos objetos. É o calor que me afoba e nem uma lágrima cai pra servir de brisa.
Eu ando não lhe entendendo e me sinto nesse direito. Inclusive a falta de atenção com meus cabelos que já querem mudar de cor e se tranformarem em pequenas nuvens.
Uma coisa devo admitir, como já disse, não quero ser injusto. É que apesar das provas e das cervejas. De não atrasar o amanhecer pra que eu durma à noite e dores horríveis de amor, saudades e culpas - essas últimas quase sem fundamentos. Ele tá me conservando. Com exceção dos cabelos. Só ainda não entendi porque me conserva. Por que me mantém aparentemente jovem. Aparentemente, pois há mais cansaço em mim que as quantidades de xicaras de café que tomei por prazer e pra ficar alerta.
Por que me conserva? Talvez comprove o que venho tentando dizer, ele me esquece e esquece de me envelhecer.
Só quero lhe dizer mais uma coisa: se é pra me manter com essa cara, que seja pra sorrir. Ando enrrugando demais um rosto que ele recusa olhar. Ando sem muita pressa que é pra ver se ele me alcança.
Tenho quase toda esperança que alguém precisa, mas é como uma mochila que carrego vez ou outra nas costas.
Eu não devia esperar nada dele, pois já entendi que ele espera que eu goste mais de mim.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Pode ser

Tenho muita coisa pra pensar. Não é sobre você. Não é sobre os outros.  Não é sobre o mundo.  É sobre mim.
Qual parte de mim me falta.
Ser feliz é simples e não precisa de grande esforço, só precisa saber ser feliz.
Ainda não aprendi, mas talvez você deve achar que eu saiba.

Talvez você deva achar que acordo cedo e ligo o rádio e uma canção preenche minha alma.
Talvez você deva achar que sorrio por que sempre recebo sorrisos e quase nunca sou criticado.
Talvez você pense que seja natural ou quase orgânico passear tranquilo pelas diversas culturas e atualidades, comum a quem é sagaz.
Talvez você pense que canto e me expresso livremente nessa atividade, sem me importar que eu gostaria de sentir o mesmo respeito quando não estou cantando.

Talvez você pense que meu coração transborda amor e poesia e isso me deixa incapaz de sentir tristeza ou até mesmo saudade. E que por expor simpatia quase nunca vou utilizar de modos grosseiros quando algo não me cai bem.
E por falar em saudade, pode ser que você imagine que sinto falta da minha infância e uma parte da adolescência.
Pode ser que vc imagine que tracei os planos pra minha vida e quase nada deu muito errado.
Pode ser que você pense que se por ventura algo de errado aconteça vou agir com parcimônia e toda calma.
Pode ser que você venha a pensar que escolho bem as palavras pra dizer o que sinto e nunca querer atingir diretamente alguem, apenas construir uma bela narrativa.
Tenho muita coisa pra pensar até compreender melhor o quanto eu tenho pra fazer. Tenho muito que ser.

Intimidade

Fui fotografado em casa por Giovanna Hackradt para o editorial "Intimidade" da revista Living For. Uma experiência prazerosa pois Giovanna é uma profissional talentosa e um doce de pessoa, o tempo passou rapido e nem senti nervosismo com aquelas lentes poderosas. Aliás, adorei a experiência e gostaria de ser fotografado outras vezes, não por vaiade, mas quando há alguém que consegue tirar o melhor de você para uma boa fotografia, se torna um prazer e portanto, desejo de querer mais.
Abaixo o link da revista Living For.

livingfor.tv/flips/8edicao/files/mobile/mobile.html#80

Experimente

Entender a si mesmo é estar mais perto da paz. Se a paz pra você for alegria é possível ser feliz. Não há paz quando o amor faz barulho, mas há alegria de poder se conhecer diante de algo tão transformador. É bonito se ver achando bonito cada coisa simples que alguém nos dedica; pois o valor da vida vem com o aumento de nossa alma. Nunca vai sair de moda. Experimente.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Um coração de manteiga

A gente precisa de um sopro de humanidade. A gente tá muito assustado e estamos colocando culpa no outro.
A gente atira e corre. Nos prendem e depois nos soltam.
A gente acha que há impunidade mas se recusa a aceitar os defeitos do amigo; acha um abraço um perigo; a gente se sente ofendido com o menor deselogio; a gente se cerca de proteção e nos desprendemos do amor.
Amar aquele amigo engraçado, que nos apoia na dor e compartilha a alegria não exige esforço, não nos ponhe à prova da nossa humanidade. Reforçar a segurança em torno daqueles que são nossos entes, afim de não perde-los de vista e não perder-los pra morte é uma providência que nos redoma e assim a gente vai colocando uma pintada a mais de caos.
Por que deveríamos sentir a dor do que precisa causar dor. Por que pouco é muito se somos milhares e no entanto só queremos garantir o nosso.
Matar esse leão que nos desafia ou doma-lo?
Esperar o fim de semana pra conseguir sorrir, sem ser esperto pra notar que o domingo já não é tão alegre pois precede a segunda, recomeço da luta atrás do que a gente nem lembra mais.
O mundo ta perdido, a gente diz. O mundo é o mesmo e a gente só mudou de carta pra email.
A culpa é do sistema, a gente também diz, mas culpar já é um sistema tão falido quanto mentir.
E a mentira é doce e a gente aprende que é mentindo que se vence. Perdemos identidade pois o esperto quer servir de exemplo pois a mente sempre alerta supera um coração de manteiga.
Então comemos esse pão diariamente até o dia que nosso amor seja puro e simplesmente refaça nosso olhar pras coisas que sempre existiram mas foram deformadas por nossa força de vontade em vencer custe o que custar.
Vejamos o tempo que gastamos sem se apaixonar pelas coisas simples e sem doar o melhor que temos: o coração.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Na cozinha

Hoje é meu prato mais sem sal. Uma cozinha sem temperos. Cozinho os dias em banho-maria porque foi quase muito pouco o quanto houve de quintal. Falta açúcar quando provo o gosto da minha saliva e ser único não dá lugar melhor na fila, nem sabedoria. Se soubesse não faria. Se houvesse eu saberia. Uma gastrite é o que menos queima. E os meus pés doem tanto quanto não mais deveriam. O descanso que não pára pra descansar. O alívio que tem muitas feridas pra soprar. Conto comigo e sou pouco para tantos, sou um só que não cabe no cinema, que não aparece na praça, que não toma sorvete e não conhece voar alto. Temo que as coisas sejam um circuito fechado e sem outra saída. Temo uma programação que não muda. Pode ser que agora eu esteja certo.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Pra não deixar em branco

Eis que te absorvo O que sempre deixei de considerar Onde pouco quis realmente ficar Então agora fico com você E te peço que me receba o melhor que puder Não sou o cara das palavras que povoam a boca, sou o cara das palavras que gostam do branco para serem algo, mesmo que não se mostre compreensível pois, qualquer palavra quer na vida apenas ser Fico aqui para que eu possa refletir Quando eu cheguei não foi por que me queriam mas já que fiquei, guardei a pergunta até hoje Eu tenho tanta perguntas e são tão minhas que quase nunca posso responder qualquer outra que venha de fora pra dentro Então não posso responder Não posso responder primeiro pra mim Não posso responder segundo pra você Eu gostaria mas não tem mais como refazer Já foi feito Foi quando me fizeram sem querer e eu fiquei sem que quisessem Mas não importa mais, menos pra mim A menos que tenha sido uma outra história Eu não deveria ter sonhos assim como não haviam bolachas Assim como não haviam saídas pra fugir Assim como não era permitido reagir Eu não deveria ter sonhos pois dormir não parece real Agora é tudo prático Agora é mais fácil Temos corpo e quase almas Queremos ser ouvidos Podemos querer Devemos querer Podemos não ser Arranho a pele pois reveste a alma Essa que não se cabe mas agora quer ficar aqui Agora parece o melhor lugar como antes nunca foi O amor é um espelho permanente fixado por dentro sofrendo à umidade, mudando de acordo com a idade, exposto à poucas limpezas e resignadamente vai perdendo o reflexo O mistério de ter conhecido um espelho tão mau cuidado e manter o reflexo Não preciso às vezes lá de fora mas de estar aqui Onde posso alterar sem interferir e deixar de existir sem alterar Mas sei Não faço me entender